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Goianos celebram 132 anos de Cora Coralina em trajeto inspirado na poetisa


Cora Coralina, na cidade de Goiás — Foto: Reprodução/Vitor Santana

'Caminho de Cora' permite que admiradores conheçam um pouco mais da história da escritora. Percurso de 300 km reúne reservas naturais, trilhas, cachoeiras e passeio por cidades históricas.

Celebrando os 132 anos que Cora Coralina faria se estivesse viva, a memória dela segue presente para aqueles que ficaram marcados pela sua história. Uma das formas encontradas pelos admiradores da poetisa de se aproximar dela é fazendo o "Caminho de Cora" - um percurso de 300 quilômetros que reúne reservas naturais, trilhas, cachoeiras e passeio pelas cidades históricas.


Cora nasceu em 20 de agosto de 1889, quando a cidade de Goiás ainda era Vila Boa de Goyaz. Aos 14 anos de idade, começou a escrever seus contos e versos. Em 1985, aos 95 anos, ela morreu por causa de uma pneumonia, deixando um legado que é reconhecido, lembrado e celebrado intensamente até hoje.

Idealizado em 2013, o Caminho de Cora passa pelas cidades de Corumbá de Goiás, Pirenópolis, Cocalzinho, São Francisco de Goiás, Jaraguá, Itaguari, Itaberaí e cidade de Goiás. Para a professora e escritora Kátia Espíndola, refazer o trajeto é uma forma de buscar inspiração. "Natureza, paz, harmonia. É a gente voltar às nossas origens”, disse a professora ao falar como se sente no Caminho de Cora.


O projeto teve como propósito interligar municípios, povoados, fazendas e atrativos, passando por antigos caminhos, numa rota turística para caminhantes e ciclistas. Ao longo do percurso, há textos de poesias de Cora Coralina com temas sobre história, natureza, cultura, arquitetura e folclore.

Pela primeira vez após um grave acidente que a fez perder a memória, a professora Samanta Araújo fez o caminho de Cora e reencontrou a cachoeira do Salto de Corumbá. Ela conta que ainda se recupera da lesão.

“Significa muito para mim, porque é a trilha que leva o conhecimento de si mesmo, o conhecimento da natureza e das próprias limitações”, disse.


O caminho também remonta trechos abertos por bandeirantes e pesquisadores que descobriram riquezas nas terras dos índios Goyazes, formando os primeiros povoados e cidades de Goiás.

Ao longo do percurso, frases da poetisa estão em 60 painéis pelas trilhas e estradas. A paisagem é repleta de rios cristalinos, casarões e Igrejas centenárias. Segundo a guia de turismo, Otávia Xavier Barbosa, cada vez que ela passa pelo local sente uma emoção diferente.


“A cada vez que eu passo aqui com uma pessoa é uma emoção diferente. Tem aqueles que se emocionam com as poesias no caminho, que se emocionam até chegar no antigo Arraial de Santana, que, hoje, é a cidade de Goiás”, contou a guia.


O percurso pode ser feito em vários dias, desde que a pessoa o faça com calma para poder parar, ler e refletir durante o caminho.

“Grande parte você faz essa caminhada sozinho ou com pequenos grupos que vocês estejam percorrendo. Isso daí facilita bastante essa questão de você nao ter contato com outras pessoas e que te dá a segurança neste momento que nós estamos de pandemia”, disse o presidente da Associação Caminho de Cora José Alves de Assis Filho.

Diretora do Museu de Cora Coralina, Marlene Velasco, que fez a seleção dos 60 poemas para o caminho, lembra que a poetisa ainda hoje é exemplo de garra e do valor que tem a educação.

“A essa mulher forte, que enfrentou dificuldades, que passou por por vários problemas, mas que sempre saiu. É como ela dizia ‘quebrando pedras e plantando flores’”, disse.


Por: Portal Forte News**Com informações do G1 GO


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