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Equipe olímpica brasileira de judô é 100% militar


Atletas militares representam 30% de toda a delegação brasileira, um recorde


(Foto: Divulgação/CBJ)

Atletas soldados, sargentos e coronéis da Marinha, do Exército e da Aeronáutica representam um terço da delegação olímpica brasileira, ou 145 dos 465 atletas que participarão dos Jogos no Rio. Eles irão competir em 27 modalidades, ou 65% dos esportes das Olimpíadas.

O time de judô é composto exclusivamente por atletas militares. São 14 atletas no total, sendo sete homens do quadro temporário do Exército e sete mulheres da Marinha, entre as quais a campeã olímpica Sarah Menezes. Na equipe de natação, 18 dos 33 atletas são militares que integram o Programa de Alto Rendimento do Ministério da Defesa.

O número de atletas da delegação brasileira ligados às Forças Armadas nesta Olimpíada é mais que o dobro dos 51 enviados aos Jogos de Londres, em 2012.

“O fato de termos colocado 145 militares no Time Brasil, o que representa 30% dos nossos atletas, nos enche de orgulho principalmente porque superamos, com larga margem, a meta inicial. Agora, com a máquina adiante a toda força, vamos à conquista de nossas medalhas e dar a nossa contribuição para fazermos do Brasil uma Nação vitoriosa em todos os sentidos”, ressalta o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, almirante Paulo Zuccaro.

Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, o Brasil voltou para casa com 17 medalhas, cinco delas de atletas militares, sendo quatro no judô – uma de ouro e três de bronze— e uma de bronze n pentatlo moderno.

O crescente número de atletas militares brasileiros está ligado ao investimento das Forças Armadas no Programa de Alto Rendimento do Ministério da Defesa, iniciado em 2008. O objetivo do programa era ter uma delegação competitiva nos Jogos Mundiais Militares de 2011, sediados no Rio.

Os atletas selecionados mediante edital público para treinar nas diferentes modalidades esportivas de interesse das Forças Armadas frequentam um estágio básico, de 45 dias, mas depois podem continuar treinando e competindo por clubes desde que façam uma reciclagem periódica de instrução militar. Eles passam a receber um salário para se dedicar integralmente ao esporte.

O Brasil não está sozinho na tradição de buscar talentos esportivos nas Forças Armadas. Segundo o professor Lamartine da Costa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pesquisador do Comitê Olímpico Internacional (COI), potências olímpicas como Rússia, China, Itália e França também escalam atletas com formação militar para competir no megaevento.


 
 

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